Sem encaixe...

Ando com mais preguiça do banal e do superficial, do que o comum, e com cada vez mais sede do que é profundo e durável.
É incrível como o superficial e o banal tem ocupado, cada vez mais, a vida das pessoas. Ando com mais preguiça do que a de costume dessas pessoas e coisas, eu quero conteúdo, essência, realidade, vitalidade, reações sinceras e profundidade.
Talvez seja por isso que eu me sinta cada vez mais sozinho, em sua maioria, são pessoas desinteressantes, futilidade, exibicionismo, ego, vaidade, soberba, aparência, códigos, rivalidade, fofoca e nada que seja natural, se aproveite ou toque a vida de alguém de fato.
È incrível como parecem buscar isso, como se fosse viciante, mas pra mim, chega a ser nojento e vergonhoso, às vezes, parece que estou sempre em um terraço pronto para me tacar do prédio e sem ninguém que se importasse de fato ou percebesse.
Dizem que ando melancólico, mas não é verdade. É uma preguiça, uma sensação esquisita de ver que cada vez mais a vida esta virando um teatro e as pessoas estão optando conscientemente por viver e serem mentiras.
Eu não compro e nem vivencio esse espetáculo, em alguns momentos até tenho que conviver com ele, mas estou sempre apático a tudo isso, com um grito entalado na garganta que me diz “ME TIRA DAQUI” e na esperança de ver uma mão se esticar a mim dizendo “Vamos fugir disso juntos”.