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o problema é você? ok...

eu tenho uma cabeça caótica a respeito de relacionamentos, eu não sei bem o que eu gosto neles, mas desconfio que não sejam as pessoas. sou um romântico incorrigível (decidi ler nesse exato momento o que, na real, significa ser romântico e são muitas coisas, mas sigo afirmando que sou um romântico) e digo isso com muito mais propriedade que as pessoas que eu conheço por perceber que eu sempre me apaixono pelas histórias que acredito poder construir. eu realmente não acredito que eu me apaixone por alguém, eu sinto que aquela história com ela pode valer a pena e então eu me arrisco, talvez eu tenha sofrido tanto com algumas por achar que aquela dificuldade ia valer a pena no final, seria um grande capitulo e não foi, simplesmente porque eu escrevi sozinho, a pessoa ainda estava pensando se gostava ou não de mim e eu não tenho tempo pra isso, eu estou construindo uma vida. acabei de passar por algo complicado, eu não me apaixono desde 2016, foi um amor importante porque aprendi a lidar c

seres humanos ou seres presunçosos?

  Eu tava assistindo um programa sobre felinos no Discovery e fiquei viajando na beleza deles e me perguntando se algum animal sofre com a própria aparência ou vida. vocês entendem o que eu digo? será que algum leão queria ter o olho do líder, o nariz do outro ou são julgados por essa ou aquela característica física? vou longe pensando em todas as formas de vida no planeta: elas são o que são, fazem o que fazem ou também sofrem com crises existenciais? será que existe um membro da matilha santificado, beatificados por alguma paróquia selvagem? será que existe um macaco pastor que grune exaltado sobre o que Deus quer deles? me parece que os animais só se alegram por mais um dia e levantam no outro aberto as possibilidades que vão encontrar. o ser humano talvez não passe de um ser surpreendentemente presunçoso, né? tem sempre alguém dizendo algo, uma voz a seguir, tem sempre uma crise existencial, uma visão turva do que deve fazer. em que momento pensamos mesmo que somos melhores ou maio

sei lá se você é racista

  me irrito com frequência quando alguém me pergunta se o que ela fez foi racista, gordofóbico ou homofóbico, me incomoda principalmente por não gostar de gente frouxa. talvez essa afirmação assuste, mas ela é verdadeira. respeito pessoas honestas, ainda que sejam cruéis, muitas eu abomino com louvor, mas não posso dar tanto para quem só quer sair bem na fita. certa vez me perguntaram se tal atitude era gordofóbica, nos áureos tempos onde eu achava que devia opinar sobre tudo, eu disse com sinceridade que, independe de qualquer coisa, aquela era uma atitude frouxa porque você nem se importa se magoou o outro e nem é suficientemente cruel pra ser um gordofóbico asqueroso, alguém que você não pode nem se orgulhar e nem merece mandar toma no cú. toda vez que eu vejo que magoei alguém, tento reparar, não acho justo magoar alguém, respeito quem curta, mas não é a minha, mas eu sei lá se sou machista ou xenofóbico. isso não me interessa, me interessa o empenho em não ser um peso na existênci

em busca da margem

  virei uma pessoa rasa sem nem perceber, ainda bem. eu acho que já tentei ser profundo por um longo tempo da minha vida, mas tenho aprendido que na hora de cavar você pode ir cavando em volta ou ir cavando em direção ao fundo, isso mudou muito a minha noção do que seria o fundo do poço. quanto mais fundo eu fui, menos luz eu tinha, menos compreensão eu conseguia e mais complexa eram as minhas relações. penso que quando cavo em volta , abraço tantas coisas e chego a sentimentos tão simples, sinto que posso olhar novas margens e não mais o escuro, não mais a utopia de tropeça em algo que me salve do breu. dou risada de coisas bobas, leio livros condenáveis, aprecio o que é cafona e esbarro no inesperado. eu posso tão mais, eu posso tudo cavando ao meu redor.

uma qualidade? sou antipático

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acho que passei tempo demais negando a minha natureza antipática por acreditar que isso era algo que não se diz em voz alta, algo que eu deveria me envergonhar. comprometo-me a ser educado e gentil com as pessoas, mas gostaria do direto de ter a antipatia como qualidade tal qual a extroversão; é um fato que não me interesso por todas as pessoas, não tenho a intenção de parecer o contrário, me debruço em quem me causa interesse e quando o contrário se apresenta, não me aprofundo, não erro a dose do que julgo ser gentil, não sou simpático. quando acusado de faltar com a demanda do outro de se aprofundar em qualquer um com recíproca, sorria amarelo, tentava recuperar, me debruçar e não era natural, mantinha-me antipático de maneira envergonhada, quase como se fosse algo indecente. já respiro aliviado sem ter que me explicar, ciente do que sou e já sem medo de achar uma peça defeituosa em mim, tudo é qualidade, tudo é perfeito, eu tô bem.

voltei, blog!

o fato é que eu virei uma pessoa que me orgulhava por tentar romper com padrões impostos obedecendo cegamente a um padrão imposto pelas redes sociais. dedidi excluir o app do instagram e foi como se um peso saísse do meu peito, aquilo só me servia pra alimentar a confusão do que é uma vida relevante. você posta foto sem camisa com #corpolivre segunda-feira às 9h, pois sabe que seu engajamento é maior, o algoritmo costuma levar o conteúdo pra mais pessoas e daí às vezes não leva e você tenta entender, o cara que é especialista no algoritmo te diz que é preciso postar pelo menos três vezes todo dia alguma coisa relevante e você fica ansioso com a demanda, mas pensa em três coisas relevantes e o algoritmo não responde, nesse ponto você já não consegue achar sua autoestima e já dúvida do que sabe fazer de melhor. cadê que você rompeu padrões externos? eu buscava romper os padrões antigos alimentando um padrão moderno. eu quero poder aproveitar mais, sentar pra esperar o avião, a consulta,

Carnaval 2022